terça-feira, 24 de março de 2015

Transforme a dor em dedicação.


Vi a poucos dias atrás um video onde “futuros” alunos, Negros, entraram na sala no meio da aula da turma de economia da USP e interrompeu a professora dizendo que era preciso acontecer aquele debate relacionado a questões raciais com foco no aumento de cotas para negros, como se os alunos da turma tivessem a autoridade para mudar terrível “segregação”, mas não vem ao caso. 
Pois bem, quero dizer que empurrar vontades é diferente de debater, precisaria anteriormente haver disposição das duas partes ao dialogo, assim como o consentimento da professora e da universidade. 
A diferença racial nunca será vencida empurrando seus achismos, fraquezas e dores emocional nas demais pessoas, pois o aluno que esta ali não é culpado por um milênio de injustiça social. É com talento que conseguimos fazer a diferença, o que aconteceu com a vontade de ser a melhor nadadora!? O melhor jogador de basquete!? ou astro de futebol? Usei isto porque geneticamente são propícios a ter uma funcionalidade mecânica/física extraordinária. Quando o negro quer algo ele consegue, não importa as dificuldades. Mas você me diz, poxa, eu sou negro mas nunca fui adepto ao esporte, e odeio ser encorajado a ser por toda a minha comunidade e muitas vezes até por meus próprios pais. Pois bem, Ben Carson.... Afinal, Quem foi ou é este tal Carson? não vou apresentar-lo antes de colocar afirmações dele, não nas mesmas palavras.
Ben Carson disse que teve dificuldades no início do ensino fundamental, tornando-se o pior aluno de sua classe e alvo de abuso de seus colegas, e desenvolveu, em seguida, um incontrolável temperamento agressivo, chegando a apunhalar um aluno de sua classe com um objeto perfurocortante. Ben passou a ler dois livros por semana e muitas orações para que Deus tirasse o ódio que havia dentro dele, suplicando para que fosse um menino bom... e logo surpreendeu seus colegas e professores com novos conhecimentos. "Foi nesse momento que eu percebi que não era burro", recordou mais tarde. Um ano depois, Ben Carson foi considerado o melhor aluno de sua classe. Depois de determinar que queria ser um psiquiatra, Carson se formou com honras no ensino médio, e formou-se em medicina pela Universidade Yale, onde obteve uma licenciatura em psicologia. Ele então estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan, onde seu interesse se deslocou para a neurocirurgia. Sua coordenação olho-mão e excelente capacidade de raciocínio fez dele um excelente cirurgião. Depois da escola médica ele se tornou o primeiro afro-americano, ou seja, Negro, residente de neurocirurgia do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, mas antes sofreu alguns preconceitos, como ser chamado de “mano” pelos próprios professores quando discordava de algum procedimento. Hoje ele é: Benjamin “Ben” Solomon Carson, médico neurocirurgião, psicólogo, escritor, professor e filantropo estadunidense, um dos médicos mais respeitados e admirados no mundo inteiro, não por ser o primeiro Negro médico da história americana ou por ser o primeiro Negro a realizar uma uma cirurgia no bebe ainda no útero da mãe. Ben Carson é referencia pelo talento de suas mãos e pelo propósito de garantir-se ser o melhor no que faz. A raiva dele tornou-se dedicação.
Dê o exemplo e estimule a educação na sua comunidade, Estimulando a comunidade de baixa renda ou cor a estudar, este tom parece preconceituoso... não é. Pegue referencias de negros de sucesso, principalmente os americanos pois foram a linha de frente na sociedade mais preconceituosa que já existiu. O sucesso não veio porque houve oportunidades, cota para Negro ou qualquer outro assistencialismo governamental. Foi porque deram ouvido ao dom que regozijava dentro de si, que um dia foi esquecida por reparar demais nas diferenças sociais incuráveis do mundo e prestar pouca atenção em si, nas suas vontades, desejos, sonhos... 
Esse lance de privilégios não é o caminho. A homogeinidade só será alcançada com menor emotividade. Ninguém consegue nada com o corpo e a mente embargada de tristeza e sentimento de injustiça. Quer ser ouvido? seja o melhor orador, ocupe-se com livros e será exemplo no futuro para alguém que passa pela mesma situação. Não existe ação mais linda no mundo que fazer a diferença na vida de alguém, geralmente esta pessoa esta tão ocupada sendo importante que não consegue enxergar que esta servindo de espelho, e que realmente vai motivar outro ser humano a ser o melhor, mais um campeão... consequentemente mais um ser brilhante e humilde que não se da conta dos holofotes ao redor.
Todo o campeão torna-se digno quando vence seu adversário com ás armas e no campo de batalha rival. Você me diz que isso demora, mas tudo na vida exige muito esforço para que o trabalho apresente sucesso e excelência. Se continuar afugentando-se no estado, esperando que o mundo os torne melhor, vocês nunca o serão, porque as pessoas das quais dependem para isto estão servindo de espelho para “Brancos”. 
Observar as diferenças sociais ou de cor apenas fomenta a raiva entre classes, e no fundo, nenhum ser humano nasceu para a Guerra, como dizia montesquieu: “O homem nasce bom por natureza, mas a sociedade o corrompe”, e você que sente-se inferior a sociedade sentiu raiva dela quando leu. O problema atual do Brasil é que ao invés de os jovens negros gastarem seu tempo se dedicando e se esforçando, fazem o oposto, e buscam vários culpados pelo não sucesso no vestibular, nas notas do ensino fundamental ou ensino médio, e se não mudar, vai carregar esse ranço por toda a vida, sendo que poderia ter sido o melhor, em alguma coisa, de algum lugar importante para a vida de alguém. 
Transforme a dor em dedicação. Seja como Vivien Thomas (Recebeu o título em Doutorado Honorário, afro-americano que auxiliou no desenvolvimento de procedimentos usados para o tratamento da síndrome dos bebês azui na década de 40), Ben Carson, Little Richard (Primeiro Negro a reunir no show brancos e negros no mesmo espaço), assista o filme Mãos talentosas e Quase Deuses e você saberá o que é uma revolução Afro-descendente, na época mais racista da história Americana. E você com medo de uma dura concorrência no vestibular? Na falta de cotas para concurso publico? Valido aqui para todos de qualquer cor, poder económico ou opção sexual. Esta questão de separação de classes tem se tornado mecanismo eleitoreiro e o conflito existente dentro de vocês é apenas uma ferramenta para atos libidinosos. Precisamos acabar com as diferenças sociais dentro de nós mesmos. Bons estudos e não se esqueçam de orar ao pai celestial.


                                                                                             Por: Paulo Ricardo Soares.

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